quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Resumo do Começo da Nossa História


Eu sempre soube que queria ser mãe!

Desde pequena, a resposta para a grande pergunta "O que você quer ser quando crescer?" era: Eu quero ter um filho.

Os anos passam, a vida toma vários rumos diferentes e interessantes, mas a vontade de ser mãe sempre esteve ali. Guardadinha, esperando o momento certo. E o tal momento certo chegou aos meus 26 anos.

Da primeira suspeita ao positivo, o que durou cerca de 2 semanas, dentro de mim as primeiras mudanças apareceram. Muitos cuidados e até uma foto da barriga ainda lisinha para o caso de se confirmar a gravidez. Desde então, o possível bebê já deveria "sentir" que era parte da família.

E foi assim, dentro do carro, abri o envelope do exame e antes mesmo que pudesse ler o resultado, caiu uma foto de um bebê escrito PARABÉNS. As mãos começaram a tremer, o coração disparou, as pernas pareciam não funcionar e os olhos buscavam confirmar aquele positivo várias vezes.

Primeiro, visitamos meus pais, depois ligamos para os demais familiares e amigos para dar a grande notícia. Em seguida, ligamos para o ginecologista e informamos a "urgência" da consulta, pois um pré-natal tinha que começar IMEDIATAMENTE!

E então, como mágica, tudo dentro de mim e aparentemente ao meu redor também, mudou. Os livros e revistas que eu queria ler eram todos sobre gravidez. Os sites que eu visitava eram sobre desenvolvimento da gestação ou tinham a palavra bebê no endereço. As lojas que faziam meus olhos brilharem eram as que vendiam coisas para o meu filho... ou filha. E é nessa hora que a gente percebe que, ao contrário do que a gente imagina antes de ficar grávida, o fato de ser menino ou menina não faz qualquer diferença.

Claro que a vontade de saber o sexo do bebê é enorme. E até uma barra de chocolate antes da ultrassonografia, para que o bebê se movimentasse bastante e revelasse o sexo, eu comi. E funcionou. Com 12 semanas o médico disse: "meu palpite é que é menina, mas não vá sair comprando tudo rosa".
Eu não saí comprando coisas para menina, isso eu fiz com 16 semanas, quando tive a confirmação. Mas a partir do "palpite" do médico, eu me senti mãe de menina. Já podia direcionar minhas conversas, que até então eram com o bebê, para a minha MENINA. Poderia escolher o seu nome e pensar em como seria seu quarto e o seu enxoval.

Até que completasse as 40 semanas, parece que uma eternidade se passou. Quanta coisa diferente. O corpo da mãe muda a cada dia e cada mãe tem mudanças diferentes. O crescer da barriga é ao mesmo tempo maravilhoso - pois sabemos que nossa filha está ali dentro, protegida, se desenvolvendo - e assustador, pois como é difícil se reconhecer naquele corpo tão diferente. No meu caso, os cabelos mudaram muito, espinhas tomaram o meu rosto, o nariz e a boca ficaram enormes e o corpo todo inchado. Tão inchado que a meia de compressão e o repouso no final do dia viraram meus grandes companheiros.

O que veio de positivo desse inchaço foi a hidroginástica para gestante que fui orientada a fazer. Lá eu trocava experiências e informações sobre a gestação, falava sobre os sonhos e medos em relação à minha filha, cuidava do corpo, da cabeça e sentia uma conexão incrível com a pequena, pois ela respondia a cada exercício e estímulo.

Cada ultrassonografia trazia um pouco de tensão, por medo de ter alguma coisa errada com ela e muita expectativa. Até então, essa era a melhor forma de saber como minha filha realmente estava. Se crescia e ganhava peso como previsto, se seus batimentos cardíacos eram fortes, e principalmente, se ela estava saudável. E era tão especial, que todas as vezes eu saía de lá chorando e sonhando.

Tudo correndo conforme o esperado, enxoval pronto, parto natural definido, cursos preparatórios para maternidade e parto terminados, e o nome finalmente escolhido: MANOELA.

Uma semana antes da semana prevista para o parto, consulta com o ginecologista. Exames que já estava acostumada, uma vez que no final da gestação as consultas eram semanais, mas o semblante do médico diferente. Ele começou a fazer algumas ligações. Pediu à secretária que fosse marcado outro exame imediatamente e que ela ligasse no hospital e agendasse a cesárea para aquele dia. Olhei para o meu marido e vi que ele também não estava entendendo nada.

O médico então nos explicou que Manoela estava muito "quietinha" na barriga e que não respondia adequadamente aos estímulos recebidos. Disse ainda que se tudo estivesse bem nesse novo exame, o parto seria naquele dia: 14.08.2008. A pergunta imediata foi: E se não estiver tudo bem com ela? E a resposta: "Ela vai nascer hoje".

A secretária ligou dizendo que já podíamos fazer o exame e que tinha conseguido o último horário para o parto. O médico pediu que ela ligasse novamente informando que o parto era urgente e recebemos a orientação de estar no hospital às 15 hs. Era por volta de 9:30hs.

O exame foi feito e Manoela não respondeu aos estímulos como deveria mais uma vez. A suspeita do médico, circular de cordão. Ele nos tranquilizou dizendo que ela estava bem mas que precisava nascer. Saímos do consultório assustados e eufóricos. Um medo enorme de que alguma coisa não estivesse bem encheu meu peito. Não me importava em não ter o parto natural que eu queria, mas me assustava fazer uma cesárea daquele jeito, não pela cirurgia em si, mas pela indicação tão urgente.

Telefonamos para os avós e tios avisando que a Manoela ia nascer naquele dia. Passamos no escritório para deixar as últimas orientações, fui ao salão fazer as unhas e fomos buscar as malas que já estavam prontas.

Chegamos ao hospital. Alguns familiares chegaram para acompanhar tudo com a gente. Procuramos os fotógrafos que iriam fotografar o parto (o que infelizmente não aconteceu por erro deles), fizemos a internação e fomos para o quarto. Realizados alguns procedimentos, era só aguardar.

Centro cirúrgico, coração disparado, equipe médica cantando animada e às 17:12 hs nasceu a Manoela. Agradeci a Deus e comecei a chorar. Demorou um pouco e ela chorou. O choro dela trouxe um alívio e amor inexplicáveis. Meu marido a pegou no colo e trouxe para que eu pudesse vê-la. Esse foi o exato momento em que senti realmente o maior amor do mundo. Ela foi levada para exames e enquanto o médico terminava minha cirurgia me dizia que o cordão umbilical estava dando algumas voltas no pescoço dela e que graças a Deus o parto tinha sido feito. Agradeci a Deus pela segunda vez.

Sala de recuperação por um tempo longo demais, mesmo com todos os meus esforços para mexer as pernas. Tinha ouvido a enfermeira dizer que a mãe só poderia ir para o quarto quando conseguisse mover as pernas, ou seja, quando tivesse passado o efeito da anestesia. As pernas já estavam prontas, mas a equipe de enfermagem não. Depois de longas horas, fui para o quarto e pouco tempo depois chegou a Manoela.

Desde esse nosso primeiro encontro, e até hoje (ela já tem 3 anos e quase 5 meses) minha vida teve outro sentido. Tudo é pensando nela e tudo é feito por ela. Cada sorriso dela transforma o meu dia. Seu amor transforma minha vida. A cada dia tento aprender mais, tento ser uma pessoa e uma mãe melhor. Quero que ela cresça se sentindo segura e amada. Quero que ela seja uma pessoa boa. Quero que ela seja feliz!!!


3 comentários:

  1. Que lindo!!!!! Parabéns amiga eu que sempre acompanhei tudo desde o começo fiquei emocionada. Amos vcs, bjss Amanda

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  2. Minha amiga querida!!!! Você acompanha minha vida há tanto tempo e hoje tenho a alegria de você acompanhar a vida da Manô também!! Precisamos nos encontrar mais esse ano!!! Muita saudade de você! Amo você! Beijos

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  3. Paola, adoro blogs, principalmente os relacionados a crianças e viagens, acho até que estou ficando um pouco viciada rsrrs... Adorei conhecer o seu e saber um pouquinho mais sobre a historia de vcs. Vou passar sempre por aqui !!
    Beijos e um beijinho na Manô !

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