Quinta-feira,
ao buscar Manoela na escola, vi que ela estava com uma carinha mais triste.
Perguntei o que tinha acontecido e ela explicou que caiu do balanço. A tia
contou que ela caiu, bateu a cabeça, chorou, mas que estava bem.
Entramos
no carro e a Manoela pediu o telefone, pois ela queria ligar para o vovô Paulo
para contar sobre a queda. Pela primeira vez ela falou com alguém no telefone
por mais de 10 minutos. E não foram 10 minutos respondendo o que era perguntado
somente. Era conversa pura. Chegamos em casa e ela ainda não tinha acabado de
falar.
Em
resumo, o que ela queria com o avô era que ele fizesse “um reclamatório” para
as professoras. Ela caiu e achava que o avô tinha que ir à escola reclamar do
balanço. Mas o avô mora em outra cidade, explicou que não poderia vir durante a
semana e perguntou se poderia mandar um bilhete então. Ela ficou muito feliz.
E
no sábado, recebemos um telefonema do vovô dizendo que viria nos visitar. E ele
chegou com 3 envelopes. Em cada um deles, uma carta com a reclamação da
Manoela. Uma via para cada professora e outra para que eu guarde de recordação.
A
carta ficou muito fofa. Ele colou várias fotos para ir contado a história.
Narra como foi o telefonema e pede para que o balanço seja arrumado. Na verdade
o balanço não quebrou mas no dia que telefonou foi o que a Manoela disse. Imagino
o trabalho que deu para fazer a carta, e isso só demonstra ainda mais o amor
que o vovô sente pela pequena.
Quarta-feira
iremos levar as cartas. Com certeza as professoras vão se divertir com o
conteúdo. E a Manoela está toda orgulhosa por achar que o vovô a está
defendendo. Agora tudo que acontece ela quer ligar para ele para fazer um “reclamatório”.