segunda-feira, 30 de julho de 2012

Campanha Culpa, Não!





Dizem que muitas vezes o homem só se vê como pai, efetivamente, quando o bebê nasce. Já com nós mulheres, geralmente, a partir do primeiro teste positivo nos tornamos Mães! E é quase nesse mesmo momento que nos tornamos culpadas.

À medida que vamos nos informando sobre a gravidez, com livros, com o obstetra e com os milhares de conselhos que toda gestante recebe, começamos a perceber que não fazemos exatamente TUDO aquilo que esperam de nós, e ao invés de percebermos que isso seria de fato impossível, nos vemos como erradas e sentimos culpa.

Se não nos alimentamos de maneira 100% saudável, culpa. Se ganhamos um pouco mais de peso, culpa. Se o parto não é o parto normal "lindo e tranquilo" que vemos nos programas de TV e que várias artistas tiveram, culpa. Se não conseguimos amamentar, culpa. Se precisamos trabalhar, culpa. Se a criança precisa ir à escola cedo, culpa. Se precisamos ou queremos oferecer papinha industrializada, culpa... Enfim, vivemos imersas em um mar de culpa onde parece que fazemos tudo errado.

Pensado em tirar esse peso enorme das nossas costas, a Revista Pais & Filhos lançou a Campanha Culpa, Não! A cada mês estão sendo debatidos temas que costumam preocupar muitas mães. Além de colocarem muitas informações interessantes sobre o tema, eles selecionam algumas mães para participar de um brunch e conhecer a Revista. No primeiro mês foi a questão da papinha industrializada. Eu participei desse encontro e foi maravilhoso! O segundo tema foi a Obesidade Infantil. O terceiro e atual é Birra! Quantas vezes não ouvimos que a criança estava se comportamento tão bem até a gente (a mãe culpada) chegar?

Acho que vale muito a pena conhecer essa campanha e participar. É muito bom poder trocar experiências e perceber finalmente que não erramos tanto assim e que muitas mães passaram e passam pelos mesmos "problemas" que nós. E mais do que isso, que está tudo bem! Filhos se desenvolvendo felizes e sadios. E não é isso o que mais queremos? Então, que tal se começarmos a nos culpar menos por tudo que não acontece como gostaríamos e aproveitarmos mais o tempo com nossos filhos? Se é para nos sentirmos culpadas, que sejamos "culpadas" por todas as qualidades que nossos filhos lindos e fofos tem!





quarta-feira, 25 de julho de 2012

Resumo da viagem


Depois de 9 longos dias longe de casa, voltei. Nos dias que antecederam a minha viagem, Manoela estava surpreendentemente tranquila.  Dizia que ia sentir minha falta, simulou como seria quando ela fosse me buscar no aeroporto (“mamãe, vamos fazer de conta que você está chegando da viagem?” Correu, pulou no me colo e disse que sentiu saudade), pedia presentes... tudo isso sem chorar ou esboçar tristeza. Quase na véspera ela me disse que não queria que eu fosse. Meu coração quase parou. Expliquei que voltaria logo e ela esqueceu o assunto. No dia de ir viajar mesmo ela estava ótima. Na hora da despedida me deu um abraço e correu pra brincar. No fundo eu tinha certeza que ela ainda não tinha realmente entendido o que estava acontecendo e que em pouco tempo começaria a chorar. Combinei com meu marido que se a noite fosse muito ruim eu voltaria. Meu vôo era 8 e 45 da manhã e eu nem embarcaria. Antes de embarcar falei com ele e ele me disse que a noite tinha sido ótima. Assim sendo, embarquei com destino a Nova Iorque.

Minha mãe chegou no sábado para ficar com ela e isso me deu uma tranqüilidade a mais. Conheço minha mãe e sei que o cuidado que ela dedica a minha filha é extremo. Ela é até mais cuidadosa que eu (e olha que sou uma mãe chiclete assumida). Além de tudo, tinha certeza que ela iria se divertir muito com a vovó. Vovó Esther é extremamente disposta e criativa e não poupou esforços para entreter a pequena.

A viagem foi ótima. Muitos passeios, compras e momentos só para mim. Aliás, era tanto tempo livre para mim que no começo me senti perdida. Eu podia dormir a noite toda, sem acordar nenhuma vez (e por mais que ficasse cansada, por hábito acordei todas as noites), tomar longos banhos (até banho de banheira eu tomei), ouvir música, assistir qualquer coisa que não fosse Discovery Kids, comer o que quisesse... era muita liberdade!

Toda vez que nos falamos por telefone ou skype a pequena estava bem. Nos últimos dias começou a perguntar quando eu voltaria e pediu para voltar antes. Expliquei que não tinha como e ela mais uma vez entendeu.

Nos últimos 30 minutos do voo de volta senti o coração disparado, as mãos geladas e uma ansiedade imensa. A vontade de ver minha filha era muito grande. A emoção foi demais. Ela já estava exausta, era tarde, e estava sentadinha no chão do aeroporto. Me viu e nem sorriu. Cheguei perto dela e ela veio para o meu colo. Daí não quis mais sair. Muitos abraços e beijos. Meu coração estava novamente tranquilo e eu me sentindo plena novamente.

O resultado da experiência foi muito positivo. Viajaria sozinha novamente, mas para ficar menos dias. Mais do que nunca, vale aquele ditado que não existe lugar melhor que a casa da gente. Estar perto da nossa família não tem preço!

Ansiosa para ver os presentes???

sábado, 7 de julho de 2012

Mamãe Viajando Sozinha


Semana que vem, nessa hora eu irei viajar. Mês passado eu fiz uma viagem a São Paulo de apenas um dia, então essa não será minha primeira viagem sozinha, mas será a mais longa. Na verdade devo sair da minha cidade na sexta e só voltarei no outro sábado.

A viagem tem tudo para ser maravilhosa. Lugar lindo, vários passeios, ótima companhia (minha cunhada) e compras... uma das minhas atividades preferidas. Minha filha com certeza ficara muito bem cuidada. Minha mãe virá ficar com ela nos dias que estiver fora. Terá a companhia do papai e dos familiares que moram aqui também. A prima e a avó daqui com certeza serão muito presentes nesse período.

Sendo assim, nada me preocupa??? Imagina! Na noite que decidi viajar (foi tudo rápido demais, em poucas horas tinha recebido o convite, conversado com marido e filha e comprado as passagens) não consegui dormir. Uma sensação de pânico tomou conta de mim e tudo que eu queria era desistir. Medo de a minha filha precisar de mim, de sofrer na minha ausência... medo de não estar com ela.

Desde que Manoela nasceu só dormimos separadas uma noite. Ela tinha 9 meses e eu precisei fazer uma cirurgia. Ela era pequena e para ela, felizmente foi tudo muito tranquilo. Eu, claro, nem dormi.

Agora serão muitas noites separadas, muitos dias longe uma da outra. Já estou preparada para dias animados e noites de choro (nem sei se o choro será dela ou só meu mesmo).  A verdade é que temos uma relação muito próxima. Ficamos juntas o tempo todo, tirando o período em que ela vai à escola. Sou o tipo da mãe que teve (e tem) muita dificuldade em delegar. Acho que só comigo ela estará segura, bem e feliz. E é exatamente por isso que vou. Ouvindo conselhos do marido, dos meus pais e das minhas amigas, de que preciso me soltar e soltar um pouco a pequena, resolvi ir.

Não posso ficar pensando muito. Quero deixar para “sofrer” só quando for a hora mesmo. Uma semana vai passar rápido. Vou me divertir bastante, a pequena também e se Deus quiser, na volta teremos uma relação ainda melhor. Nem fui e já não vejo a hora de ver a princesa esperando a mamãe no aeroporto. Vai ser bom demais!