sexta-feira, 30 de março de 2012

Fotografias


Eu tenho muitas fotos da minha infância. Sempre que vou a casa da minha mãe arrumo uma desculpa para pegar os álbuns que ela guarda com tanto cuidado e carinho. E por gostar tanto de fotos, claro que com a minha filha não poderia ser diferente.

Desde que ela nasceu praticamente todos os dias tiro fotos dela. Claro que o fato das máquinas serem digitais facilita muito o registrar desenfreado de todos os momentos da vida dela. Antigamente, as pessoas pensavam mais antes de fotografar. Procuravam o momento e o ângulo perfeito. Até porque o filme tinha poucas poses e nós não queríamos desperdiçar nenhuma. Além de que, revelar as fotos não era tão barato.

Fotos eu tenho muitas, eu sempre brinco que meu sonho era que ao piscar meus olhos, automaticamente fotos fossem tiradas. Álbuns com fotos da minha filha mesmo, só tenho 2. Um com várias “fotos soltas” que revelei e um Fotolivro® com fotos desde que nasceu até os 2 anos. Minha ideia é fazer um Fotolivro® a cada dois anos, com as fotos mais importantes nesse período. Hoje em dia, não revelamos mais tantas fotos.

Gosto muito de fazer vídeos da Manoela também. E felizmente, ela também gosta. Tudo que ela faz, aos meus olhos, merece ser registrado. Tenho medo que as lembranças se percam com o passar do tempo... e esse é o meu jeito de garantir que ela vá sempre saber tudo que viveu enquanto era criança.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Encontrando um pediatra


Amo morar em cidade pequena. Acho a vida no interior muito tranquila. Acho excelente criar minha filha em um lugar onde a violência parece que ainda não chegou, onde congestionamentos não existem e onde todos se conhecem.

Agora, se tem uma coisa que não me agrada aqui é a falta de pediatras ou especialistas pediatras e também a falta de estrutura. Olhando no site do plano de saúde temos 8 pediatras, sendo que uma na realidade não atende aqui, atende em cidade próxima. Existe apenas 1 hospital e nenhuma vez que precisei levar a Manoela tinha pediatra de plantão. Ouvi dizer que no pronto socorro sempre tem. Mas aí tem toda a demora no tratamento para quem utiliza o SUS, o que acaba sendo inviável também.

Outro dia precisei levar a Manoela em um neurologista. Claro que não tinha nenhum neuro pediatra. Aliás, tem uma médica que atende crianças em caso de enxaqueca. Eu realmente não sabia se o que a minha filha tinha era enxaqueca, mas como era a única opção marcamos a consulta. Por sorte a médica foi muito querida e atenciosa. Pediu um exame que precisava de sedação. Ocorre que, não existe na cidade local que faça o exame com a sedação que ela pediu. Esse nem é o assunto de hoje, isso foi só para ilustrar.

Hoje, Manoela com tosse, afta, dor de garganta, secreção no nariz... liguei para o pediatra que a acompanha e consegui marcar consulta para o dia 10 de abril. Tentei todos os outros até que consegui finalmente um para hoje. O interessante aqui é que todos os pediatras que consultei, ou seja, todos da cidade, atendem no consultório e nos postos de saúde. Muito legal, não fosse o fato de que não tem nenhum que esteja no consultório todos os dias nos dois períodos. Se minha filha ficar doente antes das 8 da manhã em uma segunda ou quarta-feira, é possível conseguir uma consulta neste que eu consegui. Se for com o pediatra dela, tem que ser terça ou quinta a tarde. E assim por diante.

Em Bauru, a qualquer hora e em qualquer dia, bastava ir ao hospital do plano de saúde que tinha um pediatra disponível. Além dessa opção, tem uma outra clínica com excelentes pediatras que além das consultas regulares,  atende em regime de plantão a qualquer horário também. E mais, tinha a pediatra dela, que atendia no consultório todos os dias e bastava explicar o problema para a secretária que ela conseguia um encaixe.

Algumas coisas levam algum tempo para que a gente se acostume... outras acho que simplesmente não nos acostumamos!

sexta-feira, 23 de março de 2012

O outono chegou


Hoje cedo, antes de tomar o leite, Manoela se deitou no sofá e disse que ia descansar. Agora a pouco, chegamos do mercado e ela pediu para assistir um pouco de dvd no carro. Estranhando o silêncio, fui dar uma olhadinha nela e vi que está dormindo.

Manoela é uma criança que não relata cansaço e quase nunca dorme de dia. Esse comportamento diferente dela já aciona em mim uma “sirene” interna. Toda vez que ela está assim significa que ela não está bem. Há dois dias a tosse, por enquanto leve, começou e já havia combinado com o meu marido de começar a dar o remédio dela hoje à noite (sempre que começa a esfriar ela precisa tomar remédio para asma). Achei que seria uma medida preventiva mas pelo visto...

A pior coisa é filho doente. Diz o ditado que coração de mãe não se engana, mas dessa vez, espero que o meu esteja enganado e que minha pequena não esteja ficando doentinha. De qualquer forma, outono chegou, devemos todos nos preparar para as gripes e afins. 


Dia 26/03


Atualizando... coração de mãe não se engana mesmo. A pequena está super gripada e com tosse. Hoje não foi a escola. Melhor ficar aqui com a mamãe!

quarta-feira, 21 de março de 2012

Mordida na creche


Acabei de ver no site do G1 (http://g1.globo.com/sp/bauru-marilia/noticia/2012/03/crianca-e-mordida-em-creche-e-caso-para-na-policia-em-sao-manuel-sp.html) a notícia de uma criança de 1 ano e 4 meses que foi mordida na escola.

Manoela já foi mordida e já mordeu na escola. Crianças brigam, testam limites e isso é esperado, é normal. O que é inaceitável, a meu ver, é que uma criança receba tantas mordidas como essa da matéria em um mesmo dia. A grande questão é, essas crianças não estavam sendo supervisionadas? Será que estão recebendo os cuidados necessários?

Os pais registraram boletim de ocorrência contra a direção da escola. Vamos torcer para que as medidas necessárias sejam tomadas e esse tipo de incidente não volte a acontecer. Como um pai vai deixar seu filho na escola e ficar tranquilo quando não sabe se ele estará sendo bem cuidado?

domingo, 18 de março de 2012

Tudo tem seu tempo


Ontem foi o casamento de um amigo de infância do meu marido. Até hoje Manoela só foi a um casamento e só na igreja. Era o casamento da Tia Amanda e do tio Lu. Enquanto nós estávamos no altar (fomos padrinhos), Manoela, que tinha 9 meses, ficou no colo da minha mãe e chorou praticamente a cerimônia toda. Tanto que minha mãe teve que ficar andando com ela nas ruas perto da igreja para não atrapalhar a cerimônia.

Meu marido é bem radical na decisão de não levar a pequena a casamentos. Ele sempre diz que não é ambiente para criança. Na cerimônia é necessário um silêncio e respeito que a maioria das crianças não consegue entender. Na festa, música alta, ambiente com pouca luminosidade, enfim, tudo para adultos segundo ele. Assim sendo, o combinado aqui é ou vamos sem ela ou, na impossibilidade dela ficar com alguém, só um de nós vai.

Confesso que tenho vontade de levar a Manoela toda vez, mas como sei que ele é contra, respeito sua vontade. Em outubro, isso vai mudar, pois ela participará efetivamente do casamento da Tia Thaís e do Tio Rafa, será daminha! Já está até ensaiando para fazer o que ela acredita que uma “noivinha”, segundo ela, faz. Mas isso é história para outro post!

Para o casamento de ontem, combinamos que ela ficaria na casa da vovó Marisa. As tias e a prima estavam aqui também e ela gostou da ideia, mas fez uma ressalva (a mesma que ela sempre faz quando fica com alguém) “A noite inteirinha não. Você me busca depois do casamento?” E assim foi! A festa estava maravilhosa, nos divertimos muito e assim que saímos de lá, fomos buscar a princesa. Ela dormia tranquila em uma cabana feita pelas tias. Ao pegá-la no colo ela começou a chorar dizendo que queria a mamãe. Quando percebeu que estava com a mamãe perguntou pelo papai. Ouviu sua voz e voltou a dormir tranquilamente. Ela ainda não está preparada para dormir a noite toda fora de casa, mas com certeza logo estará. Tudo tem seu tempo e respeitar o tempo dos nossos filhos é essencial.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Que tal assar um bolo?


Tudo começou quando em um dia de levar o lanche na escola, Manoela deveria levar um bolo simples. Lá eles não permitem recheios e coberturas e mesmo assim as crianças adoram o bolo.

Minha filha se empolgou e disse que queria ela mesma preparar o bolo. Separamos os ingredientes, colocamos uma cadeira ao lado da pia e lá fomos nós. Manoela fez quase todo o processo sozinha. Untou assadeira, acrescentou os ingredientes e bateu a massa. Eu só ajudei na hora de levar ao forno. Depois polvilhou açúcar de confeiteiro em cima do bolo e foi toda feliz e orgulhosa levar o bolo para a escola.

Quando cheguei para busca-la a professora contou da alegria da minha pequena em servir aos amigos e contar a todos que ela mesma tinha preparado o bolo.

Depois desse dia, uma vez por semana preparamos um bolo. Assim que fica pronto ela liga feliz para o papai vir para casa experimentar o bolo que ela fez.

Nessa semana enquanto estávamos assando o bolo ela me disse: “você é a melhor mamãe do mundo que eu já vi”. Ela me disse feliz que é a única das amigas que faz bolo com a mamãe e isso me fez pensar em como uma prática tão simples podia ser tão importante para ela. E esse comentário somado à alegria que ela fica quando estamos juntas na cozinha fez com que o bolo da semana virasse a nossa tradição.

A correria do dia a dia às vezes impede que passemos todo o tempo que gostaríamos com nossos filhos, mas se me permitem uma dica, assim que tiverem um tempinho, que tal assar um bolo??

quinta-feira, 15 de março de 2012

Vovó Esther e Vovô Paulo


Sempre quis que a Manoela fosse muito próxima dos avós. Desde quando ela era bem pequena me esforço para que eles tenham bastante contato e que tenham laços de carinho e amor bem fortes. Infelizmente minha relação com meus avós (tanto maternos quanto paternos) nunca foi tão próxima quanto eu gostaria. Sabe aquela coisa de dizer que avó é mãe com açúcar e que na casa dos avós pode tudo? Comigo (e acredito que com meus primos também) não foi assim. Não que não sejamos amados e não amemos nossos avós, mas não temos aquele vínculo que eu acho tão importante.

Mas, por sorte, a Manoela foi muito abençoada nesse sentido. Minha mãe foi aquela mãe que sentava no chão pra brincar, que estimulava, que cantava, que desenhava... e é essa a avó que ela é, para a minha alegria. Basta a Manoela chegar na casa dela e o mundo para. Pelo tempo que estiver lá, Manoela é a razão de tudo e isso não poderia me deixar mais feliz. Minha mãe brinca, é carinhosa, mima... é daquelas avós que a gente vê nos filmes.





Meu pai sempre foi muito amoroso. Sempre tentou me dar o mundo. Viajava muito enquanto eu crescia e compensava muito bem o tempo que estava fora. Confesso que não tinha tantas expectativas com ele como avô. Achava que ele seria mais fechado, que só ia brincar com ela um pouquinho e pronto. Quanto engano, graças à Deus. Meu pai, e quem o conhece sabe como é difícil imáginá-lo nessas situações, vai a parques com ela, leva ao zoológico, faz piquenique,  brinca na areia... é um avô muito dedicado e carinhoso.




Me emociona demais ver o amor que eles tem pela minha filha e o amor que ela tem por eles. Sei que ela é a pessoa mais importante de suas vidas e isso me faz amar e admirá-los cada vez mais! Vovó Esther e Vovô Paulo obrigada por serem tão importantes nas nossas vidas! Amamos muito vocês!

segunda-feira, 12 de março de 2012

Ter filhos afeta as amizades?


Uma grande mudança nas nossas amizades ocorre depois que temos filhos. Não com todos os amigos. Mas com muitos. Antes de se ter filhos, a agenda é muito mais livre. Não precisamos pensar em horário, na estrutura do local que vamos, no barulho que pode ter, se tem coisa perigosa para a criança, enfim, basta combinar o passeio e ir.

Na gravidez parece que as coisas não vão mudar tanto. Você imagina que você vai sair menos quando o bebê nascer, mas não imagina que vai deixar de fazer parte da sua “turma”. Pelo menos eu não imaginava. E esse é um fato que eu ainda resisto um pouco em aceitar.

Se você tem filhos e não tem amigos com filhos se prepare, pois o choque pode ser grande. De repente a sua casa que era o ponto de encontro de todos, passa a ser esquecida. Talvez porque os amigos que não tem filho não queiram “incomodar”, talvez porque você fale tanto do seu filho que eles não queiram ser “incomodados”, talvez porque a vida seja corrida, talvez simplesmente porque vocês têm agora interesses diferentes. E por mais que para nós pais nossos filhos sejam maravilhosos e acreditemos que nossos amigos terão por eles um amor tão grande, como se fossem tios, realmente, a coisa não é bem assim.

Não que nossos amigos não amem nossos filhos. Acredito sim que eles são muito queridos e amados. Mas provavelmente a frequência com que esse amor vá ser demonstrado é bem menor que a gente gostaria. Até porque o contato entre vocês ficará mais escasso.

Essa grande mudança aconteceu na minha vida. Conversei algumas vezes com amigas que são mães e elas também perceberam essa diferença na vida após os filhos. Óbvio que isso não é regra e eu espero que você que está lendo não tenha passado por isso se já tiver filho, e não venha a passar se ainda não tiver.

Acima de tudo, se estiver passando, aceite como uma coisa natural. Tente não se chatear e muito menos cobrar dos amigos a atenção que você espera. Eu fiz isso esse final de semana. Encontrei uma grande amiga que se enquadra nessa situação. Nossa amizade de todo dia virou um contato esporádico e isso me incomodava. Conversamos quando a Manoela ainda era pequena e conversamos novamente nesse final de semana. Na verdade, nem posso dizer que conversamos... foi mais um desabafo da minha parte. E como me arrependo desse desabafo. Deixei minha amiga chateada e nada vai mudar ou melhorar por isso. Já me desculpei pelo rompante. A verdade é que atenção e carinho a gente não pode cobrar! E essa foi a mais nova lição que a maternidade me trouxe. Como é bom aprender e evoluir a cada dia, não é?

quinta-feira, 8 de março de 2012

E hoje ela ficou chorando na escola


Hoje Manoela acordou e foi correndo ao meu quarto para desejar bom dia! Estava muito feliz. Toda quinta-feira ela acorda mais feliz, pois tem aula de música da professora Jéssica e ela ama. Arrumou-se toda contente, tomou café e foi cantando para a escola.

Chegou lá, pendurou a mochila (ela faz questão de fazer isso sozinha todos os dias, por mais que para ela seja quase um sacrifício devido à altura do “cabideiro” e do peso da mochila), me deu beijos, se despediu e foi fazer a “última gracinha” pulando na cerca da varanda. Ela sempre faz isso, mas hoje, calculou mal o pulo e bateu o queixo. Acredito que tenha doído bastante. Ela chorou, veio para o meu colo, passei spray imaginário (sempre ajuda a melhorar) e aí tudo desandou.

Ela, que antes estava toda feliz, já não queria mais ficar na escola. Não importava que fosse dia de fazer pão, que os amigos a estavam esperando, que teria aula de música, enfim, ela só queria ir para casa.
Sabendo que ela estava bem e tendo a certeza que ela iria se divertir, depois de quase 15 minutos, entreguei-a para a professora (nessa hora ela chorou bastante) e saí. Sei que fiz a melhor coisa e tenho certeza que em poucos minutos ela parou de chorar, mas o coração da mãe está aqui apertado. Como é ruim deixar minha filha chorando na escola! Não vejo a hora de chegar a hora de busca-la e ver aquele sorriso lindo dizendo que a manhã foi maravilhosa!

terça-feira, 6 de março de 2012

Dia do lanche


Na escola da Manoela existe um revezamento no lanche. A cada 10 dias é o dia dela levar o lanche. O cardápio é estabelecido pela professora no início das aulas e geralmente muda no meio do ano.

Uma das vantagens nesse esquema, é que todas as crianças comem exatamente a mesma coisa. Outra coisa que eu adoro é que a alimentação é bem saudável, não entra refrigerante, doces e frituras.

Mais um ponto positivo é que as crianças auxiliam no preparo do lanche seja cortando os legumes no dia da sopa, amassando a massa no dia do pão ou indo à cozinha principal (dentro da sala tem uma pequena cozinha) para buscar alguma coisa que a professora precise.

Para as crianças o mais importante nesse dia é que o aluno que levou o lanche é o que ajuda a servir o lanche e o que apaga a vela depois da história. Todos os dias depois do lanche a professora acende uma vela e conta uma história. No final, o aluno que levou o lanche tem o privilégio (e é exatamente isso que significa para eles) de assoprar a vela.

Toda semana Manoela pergunta se algum dia é o dia do lance dela. Hoje é! Fomos ontem ao supermercado comprar milho, suco de abacaxi, cereal para comer com a coalhada que foi preparada ontem, e bananas. Perguntei hoje a ela se estava empolgada para ir à escola e ela me disse que sim, pois além de apagar a vela ela disse: “eu gosto porque eu SERVO o lanche mamãe”!